ZITA
Céus, como sofro jogada nesta senzala!
Eu ei de gritar para todos escutarem o banzo;
Porque meu grito ecoa pelas matas virgens;
Num céu escuro sem estrelas vivas.
Choro lagoas em forma de lagoas nuas;
Onde as serpentes rastejam em areias;
Movimentando-se meio ao som da agonia;
Pela sina do suor fosforescente da labuta lavora dos senhores.
Marcas estão pelas partes em cortes sofridos;
Em ervas banharam-me, passaram dias, noites, décadas paridas...
Sou a geração dos grão de mostardas em barco à vela...
Mar para velar corpos molhados de mar salgado;
Entre idas e vindas, formando-se um firmamento;
De uma próxima alvorada sem choro acalantado.