A IRÁ DO ANJO
O ódio tomou-me em meiga paz sem perceberem;
O caos que o tempo deixou em cicatrizes n'alma;
Que nem o iodo ardendo cura tamanha ferida...
E delicadamente estou em branca luz para o ato.
Nada poderá fazer eu esquecer o que fizeram;
Para este ser que chora calado num pranto;
De irá em flores com talos em espinhos;
De uma carne viva em sangra em música.
Eu vesti o amor enganoso num sinal de paz;
Que na hora do grito mudo em silêncio;
Ferirei meus algozes com a lança da dor;.
Vagueio de vestes brancas entre o sol de lua;
Com o sal que faz-me presente na terra em lodo;
Uma lama que assola os que pensam em piedade.