A IRÁ DO ANJO

O ódio tomou-me em meiga paz sem perceberem;

O caos que o tempo deixou em cicatrizes n'alma;

Que nem o iodo ardendo cura tamanha ferida...

E delicadamente estou em branca luz para o ato.

Nada poderá fazer eu esquecer o que fizeram;

Para este ser que chora calado num pranto;

De irá em flores com talos em espinhos;

De uma carne viva em sangra em música.

Eu vesti o amor enganoso num sinal de paz;

Que na hora do grito mudo em silêncio;

Ferirei meus algozes com a lança da dor;.

Vagueio de vestes brancas entre o sol de lua;

Com o sal que faz-me presente na terra em lodo;

Uma lama que assola os que pensam em piedade.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 11/11/2019
Código do texto: T6792779
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