OS SERTÕES
As lágrimas eram-me suor com o abajur;
Da cor da minha pele molhada e sal;
Pela dor da sofreguidão erguida em mim;
Uma flecha atirada por não querer compaixão!
Ah! Quanta tristeza no meu olhar marejado;
Em busca de uma sombra para comer o pão;
Porque já era-me tarde e a fome escorria em pranto;
No choro caiado de dor em ossos secos guardados.
Quão triste é admirar o sol da caatinga em sua luz;
E não poder enxerga-lo pela cortina de raios;
O talvez amarelo dourado que brilha como clarão.
Feliz do homem das estradas de barro;
Que ao dizer versos, constrói acordes de prata;
Para ao menos tocar violão nas noite enluaradas.
As lágrimas eram-me suor com o abajur;
Da cor da minha pele molhada e sal;
Pela dor da sofreguidão erguida em mim;
Uma flecha atirada por não querer compaixão!
Ah! Quanta tristeza no meu olhar marejado;
Em busca de uma sombra para comer o pão;
Porque já era-me tarde e a fome escorria em pranto;
No choro caiado de dor em ossos secos guardados.
Quão triste é admirar o sol da caatinga em sua luz;
E não poder enxerga-lo pela cortina de raios;
O talvez amarelo dourado que brilha como clarão.
Feliz do homem das estradas de barro;
Que ao dizer versos, constrói acordes de prata;
Para ao menos tocar violão nas noite enluaradas.