Masmorras

É ao peso dos grilhões que se acorrentam

as nossas formas amorfas de humanos.

É a vis valores que nos atrelamos e

nefandas formas de amar nos sustentam.

Em torpes vícios é que se apascentam

mesquinhos espíritos inumanos

e no transcurso impassível dos anos

estas infernais muletas só aumentam.

A chão de fascínios inebriantes

prender se deixam e se vão a perder

nossas almas infiéis, vacilantes.

Busca o homem, nestes sofismas, se abster

de sustentar em suas mãos mendicantes

a insustentável leveza do ser.

https://polenepedras.blogspot.com/2019/11/poemas-publicados-0572019.html