À HORA DA SAUDADE

É triste caminhar para morte sem ter estrada;
Buscar um alento onde não seja tarde;
Nem cedo para esquecer os fados da vida;
Ingrata, porém, vivida no seu espaço infindo...

Ò rosas que chegam todas manhãs;
Murcham no findar da tarde;
E a lua desabrocha no céu estrelado;
Uma cantiga para adormecer o sol.

Nesta solidão não angustiada;
Vivo entre os laços do presente;
Numa estada do passado.

Quero esquecer o tempo de outrora
Porque vivo de uma espera constante
No que deve acontecer num talvez...
Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 06/11/2019
Código do texto: T6788937
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