SONETO DE RETORNO
Ah, flamejantes memórias ressurgem!
Quanta quimera na velha lembrança
Sinto os espasmos da antiga babugem
Volto ao Recanto, meu dom de criança
Tal como a cinza dum rosto encardido
Como em espelho trincado e disforme
Vi novamente o poeta que dorme
E em nostalgia me vi ressurgido
Como que fui esquecer-me assim
Desse ofício que ardia em mim
E dessa frágua de ser soneteiro?
Vou-me faceiro de volta ao teu cheiro
Minha dormência chegou a seu fim
Vou ser poeta com todo o meu "sim"
//Depois de tantos anos, achei-me novamente nesse esplêndido canto literário, relembrando bons momentos. A todos os antigos colegas, minhas saudações e meu desejo de recobrar a identidade poética.