SONETO DE RETORNO

Ah, flamejantes memórias ressurgem!

Quanta quimera na velha lembrança

Sinto os espasmos da antiga babugem

Volto ao Recanto, meu dom de criança

Tal como a cinza dum rosto encardido

Como em espelho trincado e disforme

Vi novamente o poeta que dorme

E em nostalgia me vi ressurgido

Como que fui esquecer-me assim

Desse ofício que ardia em mim

E dessa frágua de ser soneteiro?

Vou-me faceiro de volta ao teu cheiro

Minha dormência chegou a seu fim

Vou ser poeta com todo o meu "sim"

//Depois de tantos anos, achei-me novamente nesse esplêndido canto literário, relembrando bons momentos. A todos os antigos colegas, minhas saudações e meu desejo de recobrar a identidade poética.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 05/11/2019
Reeditado em 05/11/2019
Código do texto: T6787430
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