ENCANTO DO ROSAL

Entre botões e rosas do jardim

Esconde-se uma bela borboleta.

De asas fechadas, dá-se a algo afim

A um leve traço, pondo-se discreta.

Mas ao abrir as asas se completa

O encanto do rosal a não ter fim

E as outras rosas ante a silhueta

Perdem a cor das faces de carmim.

E se outras borboletas se arrebatam

Em voos e pelos céus juntas se atam,

Dando sucinta vida a cada flor,

Aquela se recusa a voar,

Por crer que o jardineiro a irá levar

Até ao infinito, se lá for.