CORTINA DE VIDRO
Me senti um palhaço a fazer gracejos de graça;
Sentia-me como um vendedor de ilusões;
Pelas desilusões deste momento ímpar;
De te ter na platéia, um despedida, enfim!
És Tu! És...! A borrar a maquilagem de cores;
Que arranquei da tua máscara o retrato;
Onde fizestes por alguns momentos incertos;
Quando olhavas u homem desnudo em prece!
Se somos felizes pela dor de sermos sós;
Não adiantaria um teatro como pano de fundo;
Para desgraçadamente falar do espetáculo;
Eu tentei te olhar fora dos refletores;
Porém, nunca saístes dessa platéia vazia;
Onde vives a fazer morada por nós.