GUERRILHEIRO
Há uma bomba-relógio
Armada dentro do peito
Daquele estranho sujeito
De um feitio patológico.
O tique-taque tão lógico,
Que mal se escuta direito,
Arma o artefato e não há jeito,
De desarmar o negócio.
Abandonando a trincheira
Da estupidez e na esteira
De um mundo preste a ruir,
Segue orgulhoso o bardo
Com sua bomba: um fardo
De versos para explodir.