MIMO
Se fosse eu poeta a por em versos
Vivências tidas por amor, enfim,
Diria, na água os meus olhos imersos,
Que amor igual jamais vi donde vim.
Ah! O amor... Um só e tão diversos,
Que chegou numa ardência sem ter fim,
E fez surgir encantos controversos
Que não pensava mais haver em mim.
E se hoje, peço: não me mime tanto,
Com teu furtivo olhar o pouco encanto
A existir tão só no que procuras,
É que, eu quero em tudo acreditar,
Mas temo, após o sonho, despertar
E ter a alma cheia de amarguras.