APESAR DA DROGA
Muita coisa pude eu ver na minha vida,
Jovens morrendo, em meus braços,
Pais exaltados com a vida indevida,
Rostos pálidos cobrindo-lhes os traços.
Tal como eu vi juventude em coma,
Por dose excessiva, do pó maldito,
Por não abraçarem fieis o vil dogma,
Que tudo castra e logo torna restrito.
Mas apesar desta vida de “adultério”,
Consegui que o amor sobressaísse,
E assim mantivesse todo o seu critério.
Hoje, livre, enfim, sou apenas alguém,
Neste mundo apressado, onde recaísse
A obrigação, de ser este e de aquém.
Jorge Humberto
30/09/07