APESAR DA DROGA

Muita coisa pude eu ver na minha vida,

Jovens morrendo, em meus braços,

Pais exaltados com a vida indevida,

Rostos pálidos cobrindo-lhes os traços.

Tal como eu vi juventude em coma,

Por dose excessiva, do pó maldito,

Por não abraçarem fieis o vil dogma,

Que tudo castra e logo torna restrito.

Mas apesar desta vida de “adultério”,

Consegui que o amor sobressaísse,

E assim mantivesse todo o seu critério.

Hoje, livre, enfim, sou apenas alguém,

Neste mundo apressado, onde recaísse

A obrigação, de ser este e de aquém.

Jorge Humberto

30/09/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 01/10/2007
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