A Volta do Parafuso

Já se foram cinquenta longos anos,

Em que tive minh'alma atropelada,

Na juventude início da jornada,

Vejo à porta os primeiros desenganos.

À francesa saíste em novos planos,

Só em ti, tão somente interessada,

Da caligem agora vens, do nada!

E pensas tu que eu tenha quentes panos.

Julgas-te tão soberba certamente,

Que nada possa ser-te indiferente

E esteja aos teus pés ajoelhado…

Mas não é bem assim, minha senhora!

Para tudo na vida tem a hora,

E a hora daquele amor é no passado.

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Sou grato pela iteração do amigo Poeta Jota Garcia com essa bela obra. De fato não falo da Vera Rute, essa é um anjo bom que Deus colocou em mina vida. O Soneto é real, que teve início lá por 1964.

BARALHOS DE VENTO

Para os que vivem na poesia,

É muito estreita, quase invisível,

A linha que separa o real do sonho.

Ao construir sua fantasia,

A imaginação se expande

E se funde com a verdade.

Quando diz como era,

São palavras exaltadas,

Por sua mente inspiradas,

Sei que não fala de VERA.

O poeta, a tudo mais desatento,

Constrói castelos de cartas

Com baralhos de vento.

BOM FIM DE SEMANA, AMIGO MOZANIEL.

Para o texto: A Volta d o Parafuso (T6744322)

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 13/09/2019
Reeditado em 14/09/2019
Código do texto: T6744322
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