DESCULPA

Não há onisciência no espírito

Do detentor da única e humana

Condição que aqui e ali se engana,

Desculpando-se pelo feito e o dito.

Reconhecer o erro é bonito

E custe o que custar qualquer chicana

Pousada em atitude leviana

Deve ser assumida, sem atrito.

Jamais se corrobora o errado

E nem se aponta outro por culpado,

Quando se é quem causou de fato o dano.

Reconhecer o erro é o caminho

De se encontrar a paz, tirando o espinho

Cravado à consciência pelo engano.