Uma barra de chocolate

E o chicote desceu nas costas

do moleque negro, ou negrinho.

Há quem lhe sugue o suor todinho.

Se lhe passa a ideia? Apostas.

Uma barra de chocolate

tão escura quanto a pele

que se espanca nada leve

e todo valor tem quilate.

Uma barra que se derrete

e nem a fome pode matar,

e nem a pobreza promete.

Nem dos algozes a torturar

ato sangrento espirra na cara

todo o prêmio que lhe espera.