AGORA

Se não deu certo ontem o agora

É a oportunidade ao proibido

De antes que, se ainda for querido,

Deve ser desfrutado qual não fora.

Se a lembrança ainda revigora

A sensação do que teria havido

E permanece à vida a dar sentido

Revivam-se os tempos de outrora.

O postillon d'amour talvez se canse

De caminhos por onde não avance

A busca a quem ao peito se aquece.

Não se perca o tempo das pestanas

Baterem e adiar por razões planas

Os prazeres que o agora oferece.