MEU NOME

A minha vida construía-a entre escombros,

Caminhos alheios, onde o sol não cobria

As suas vigências, refulgindo assombros

Mostrando a todos que a vida lá não cabia.

Tentei afastar de mim tais desassombros,

Erradicá-los de vez, e ao que eu já sabia,

Por experiência própria serem combros,

Que eu elevava, ora em estranha sinfonia

Ora em derrocada tamanha… meu nome

Gravado na pedra, se a alguém pertencia

Era sinal de frustração e de alguma fome.

E assim se fez a minha vida, uma procura

Incessante de quem era, ou a quem devia

Esta miséria atroz que me fez desventura.

Jorge Humberto

26/09/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/09/2007
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