Tristes são as horas mortas de poesia
Há uma falta de cor à impregnar o ambiente
Um cansaço de tudo, torpe melancolia
Que devora as carnes e a alma da gente!
Não há mais nem a esperança do beijo
Das mãos que afagavam o rosto frio
Da chegada do amante pra aplacar o desejo
Hoje a poesia feneceu _afogou se num rio.
Quem dera campos de margaridas e versos!
Palavras à revoar como asas de borboletas
Poemas à encantar minha vida e o universo.
Ausenta se a poesia na ponta dos meus dedos
Morre o amor em metáforas obsoletas
Numa premonição de angústias e medos!