Sinto a solidão como uma ferida
Sangra,manchando o tapete da sala
Bolo solado que na garganta entala
Esvai se da radial a própria vida!
Não há amores para dormir abraçada
Nem um amigo que suscite um sorriso
Só essa agonia que me rouba o juízo
Imensurável vazio repleto de nada!
Lá fora a madrugada desce como um rio
Gatos vadios se esgueiram pelos becos
Cá dentro não serena, mas faz frio.
E viver é quase uma praga__ maldição
Imposta à ferro e fogo _penitência
Nessa agonia chamada solidão!