SONETO À MORTE
SONETO À MORTE 1008.2019
Hoje se abateu sobre mim um sombrio desejo:
Escrever palavras que descrevam o fim da vida.
Ou seja, a morte, mas será do modo que a vejo.
O comum é considerar que é tempo de partida
Para paragens superiores, acima da Terrestre
Face bem junto d'Aquele de nome Mestre,
Que o chamou, já que sua missão cumprira
Aqui embaixo. Então aquele que já se retira
Parte ciente que tudo o que fazer precisava,
Nada deixando para trás, fê-lo bem tranquilo
Sua última expressão eterna placidez grava.
Em seus traços agora inertes, muito daquilo
Que antes da morte, sempre, com paciência,
Calma e paz, perscrutou da vida a ciência...
Sorocaba, aos dez dias do mês de agosto de 2019.