Melius esse mori, quam vivere

E se, por tanto amar, houver contenda

entre o querer e a força da razão,

e, mesmo assim, então, meu ser se renda

ao desidério insano da paixão...

Se houver pecado em mim e em reprimenda,

eu não receba a graça do perdão...

E se, sequer um anjo me defenda,

e o próprio Deus me negue compaixão...

Que importa? Não sou mais que alma perdida,

a caminhar errante, endoidecida,

se dele, não me enlaça o corpo forte.

Sem ele... Nada tenho neste mundo,

e o sonho meu vegeta, moribundo,

à espera que o aconchegue a mão da morte!

Patricia Neme
Enviado por Patricia Neme em 07/08/2019
Código do texto: T6714968
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