Utopia

Eu só quero te amar assim, eternamente,
sem promessas de amor eterno e sem alarde;
pois o amor que tu mereces, na minha mente,
é o mesmo que já sonhaste na puberdade.

São nos versos e nos reversos dessa utopia
que finjo não haver distância entre nossas camas.
Para vermos – se me amasses – como seria,
finge, amada, que amor existe e tu me amas.

Se fingirdes amar ao menos por um segundo,
nessa pedra que tens no peito, minha querida,
nascerá o amor mais belo e fiel do mundo.

Vejo todo esse amor que traça o nosso fado.
Mas eu finjo – também – que foste já esquecida
e me oculto neste soneto descompassado.

 

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