TELHADO(SONETO)

TELHADO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

As nuvens carregadas descarregam telhados as águas da chuva,

Molham os tempos alados pelos chãos molhados,

Genealogias anteriores dos muitos antepassados,

Coberturas urtigas as estradas cheias de diversas curvas.

São os telhados deslizados aos escorrimentos precipitados,

Dos orvalhos das madrugadas invisíveis as escuridões,

Limos deslizantes propulsores dos alisados lados das pretensões,

Casais madrigais usuais pelo amor a quem é amado.

Entre as paredes, leitos sobre as camas, poltronas ou redes,

Cômodos alguns com torneiras dispostas a quem tem sede;

Goteiras que perfuram brechas infiltradas as poças a transvasar.

Frio das roupas quentes que nos guarda-roupas ficam guardadas,

Colchas ou lençóis nos varais para serem secadas as sacadas;

Acobertados por um cobrados telhados de quem está debaixo a morar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 13/06/2019
Código do texto: T6671957
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