ILUSIONISTAS
O mundo anda cheio de poeta
É esta a acepção do economista
Que só consegue ver no beletrista
Pessoa sonhadora e pateta.
Demais no mundo há economicista
Já é a opinião do vate asceta
Que vê na economia a direta
Procedência do mal que se avista.
Dos dois o mundo anda mesmo cheio,
Pois vivem cobiçando o alheio,
Diz o advogado em sua lavra.
E todos têm razão sobre o que falam,
Porque os três iludem e enganam
A todos com o uso da palavra.
Obs.: Antes de alguém se sentir ofendido, explico. O soneto carregado de senso de humor foi inspirado em glosa que faço costumeiramente com minha esposa. Em tom de brincadeira advirto-lhe: não creia em economistas, advogados e muito menos em poetas. Sabe por que? Não por serem fingidores, mas por que eu detenho os três títulos e me conheço muito bem.