DILEMA DE HEFESTO

Da voz do povo, aceite o que vier,

Ó deus Hefesto, e após ouvir medite

Que do amor à beleza de Afrodite

Não há recurso ou a quem se recorrer.

Não deixe de buscar, só por não crer

E se a dúvida vir, não acredite,

Pois pode a perfeição em seu limite,

Cobrir feiuras da alma sob o ser.

Contra a traição não há nó ou corrente.

Pese que pra conter o mal presente

Deve aceitar o fado, sem fingir.

A deusa a encantar-te é caprichosa,

Magia ou grade alguma poderosa

Não vai conter a ânsia de trair.