MAIO

Eis que maio amanhece e me vejo acolhida

por lembranças de um tempo guardado no outrora,

quando a infância singela, qual anjo vestida,

coroava com rosas a Santa Senhora.

Eram brancas as asas, as rosas, a vida...

Era a vida serena, de rimas sem hora.

Era a fé, tanta fé, em meu peito contida...

Era Aquela que ampara e consola quem chora.

Hoje... A fé permanece, sagrada Mãezinha,

mas as asas, as rosas...Meu fim se avizinha...

Entreguei-as às dobras dos sonhos dispersos.

Só retive em minh’alma o dulçor da poesia,

e no humilde murmúrio de uma Ave Maria,

Te coroo em cantares tecidos com versos!

Patricia Neme
Enviado por Patricia Neme em 01/05/2019
Código do texto: T6636468
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