RUANDA NUNCA MAIS

Corpos mutilados, à força da catana;

Membros decepados e cotos cuidados

À pressa, que já lá vem o sacana,

De arma na mão e olhos enviesados;

Mais a milícia e toda a sua propaganda,

Arrastando velhos, destrambelhados;

Mulheres violadas, de seu nome, Ruanda,

Com os filhos ao colo – degolados;

Corpos enforcados, entornados no chão;

Assassínio em massa, na cidadela;

Crianças chorando por um pouco de pão;

Poder-se-ia chamar, Kafur, a esta aldeia,

Tal o protagonismo que tomou conta dela,

Mas foge de mim toda e qualquer ideia.

Jorge Humberto

21/09/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 22/09/2007
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