CÁRCERE
Meu coração tornou-se uma prisão
E os sentimentos barro, ferro e pedra
Da jaula onde minha alma medra
Cumprindo injusta e vil condenação.
Quem escolheu o amor como a cátedra
Entende que os atos da paixão
Provocam violenta emoção
Que até à insanidade levou Fedra.
Meu coração, de antes a ermida
Do amor, se transformou na mais temida
Cadeia sem igual engenho feito,
Pelo crime de amar quem não devia
E que com juras falsas me atraia
Ao cárcere privado de meu peito.