Pardais
Todo poeta vence no Outono todas as manhãs que foram inefáveis!
E peço que tenha estilo, e mais gente, e céus, que poesia;
Se papel de costume, papel de pão,tinta anquim,cobre o borrão do me caber;
Em minutos breves e limites côncios, ninguém pode expandir fatias nossas!
E agora de onde caio,quem fiou minha vida a ti,ou quem desdenhou o verso?!
Todo poeta se aniquila,há uma devastação da alma a tecer prumo desse verso;
Pisaste poeta,naquilo que o mar te engole,ma estava no butiquim ,nem viu,
Mulheres todas deixadas e vencidas a contraposto de poeta,servido vinho!!
Sendo assim,poeta retorna e outorga seus baús de sonetos empoeirados,vis!
Sei de quanto teus olhos foram avenidas e trançados da noite E me parti!
Ouvi também de teus olhos,butijas,e pus noutras tantas,méis e azeites!!
Todo poeta vence o Outono,mais salienta aos nobres,e seus cântaros ;
Sempre será a mim ordem de ser espanto,e sustento, e de mim sair inteiro;
Outros não poupo,pedras de celas,rápido trote,trago coração na descida!!