MUDANÇA

Que nem eu, nunca ninguém

Quis arranhar teu umbigo

E se expor ao perigo

Da sedução que ele tem.

Que nem eu, outro também

Não desejou o jazigo

Do ventre aberto que sigo,

Do umbigo indo além.

Que nem eu, outro não sei

Se fará como farei,

Se esse sonho der liga,

Mudar em mim esse eu

Que tanto tempo perdeu,

Tendo-te apenas amiga.