A LUZ E OS PÈS (SONETO)
A LUZ E OS PÉS (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Quem é a luz dos meus olhos nas tristezas ou nas alegrias,
O mar com as suas areias lavadas pela profundas saudades,
Quem sabe?! As flores, as cores das festas ou as luzes dos dias;
Talvez a juventude, as atitudes da plenitude, a saúde ou a felicidade.
Meus pés gelados cativam uma vida aos limites das vozes eternas,
Solitários pelas longas horas que despertam o sono bem tarde;
Talvez sintam inseguros ou seguros: medrosos ou uns palermas;
Desejados, amados ou receosos com os clamores das chamas que ardem.
Quem são os meus olhos sem os seus perfumes, lumes e anéis?
Ninguém ou andantes, carentes pretendentes, ou das dores portador amiúde;
Um silêncio acompanhado, ou mais um acaso de esquecer como uma causa passada.
Quem faz as luzes dos meus olhos brilharem pelo calor dos meus pés?
A vida eterna talvez?! Talvez o amor atuado em sua real amplitude;
Na falta causada pela sua ausência: Cordialmente, você, minha mulher amada.