A LUZ E OS PÈS (SONETO)

A LUZ E OS PÉS (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Quem é a luz dos meus olhos nas tristezas ou nas alegrias,

O mar com as suas areias lavadas pela profundas saudades,

Quem sabe?! As flores, as cores das festas ou as luzes dos dias;

Talvez a juventude, as atitudes da plenitude, a saúde ou a felicidade.

Meus pés gelados cativam uma vida aos limites das vozes eternas,

Solitários pelas longas horas que despertam o sono bem tarde;

Talvez sintam inseguros ou seguros: medrosos ou uns palermas;

Desejados, amados ou receosos com os clamores das chamas que ardem.

Quem são os meus olhos sem os seus perfumes, lumes e anéis?

Ninguém ou andantes, carentes pretendentes, ou das dores portador amiúde;

Um silêncio acompanhado, ou mais um acaso de esquecer como uma causa passada.

Quem faz as luzes dos meus olhos brilharem pelo calor dos meus pés?

A vida eterna talvez?! Talvez o amor atuado em sua real amplitude;

Na falta causada pela sua ausência: Cordialmente, você, minha mulher amada.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 21/03/2019
Reeditado em 17/02/2020
Código do texto: T6603626
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