JOGO DO BEM-ME-QUER

No bem-me-quer retira-se uma peça

De quem vestido faz parte do jogo,

No mal-me-quer repõe-se a peça e logo

O desafio inteiro recomeça.

Mas do reinício resta o consolo

De em cada vez que o jogo começa

Por duas vezes ver-se a promessa

Do que esperar ao fim do protocolo.

Não há perdas no jogo se vier

Da flor um bem-me-quer ou um mal-me-quer

Às mãos de quem a sorte amparar.

Sobre as roupas dispersas pelo chão

Flores humanas sem a proteção

Das pétalas ao fim irão se amar.