Guria

Por vê-la sempre e sempre de encantos

Ornada em sorrisos sob a face do dia

Nunca supus que dor noturna lhe pungia

Que lágrima estampa na face teu pranto

Talvez eu mesmo pra muito pouco espanto

Tenha sido a causa de tua pseudo alegria

Talvez por mim derrame-se a lágrima fria

Tamanha tenha sido a luz do desencanto

Eu que nunca quis vê-la frívola ao recanto

Que sempre orei por tua áurea de euforia

Hoje estremeço pelo cultivo de teu ranço

E se por ondas alheias um canto em agonia

Estribilha minha ouça como se por acalanto

Ouço ecos de adeus, minha pregressa guria

Carlos Roberto Felix Viana