VIDA MALUCA
A vida que eu levo está completa,
Completamente louca reconheço.
O corpo e alma, andando pelo avesso,
Dão-me as feições de irmão do anjo perneta.
Não sei se caso com a bicicleta,
Boto boneco ou arrendo outro endereço,
Nem "bença" ao "Padim Ciço" mais eu peço
Pra livrar o sovaco da muleta.
Não tô aqui e do acolá eu vou é longe.
No carnaval até pareço monge,
Mas sambo dia e noite na aleluia.
Eita, vidinha doida a que eu levo.
Parece que cuspi na flor do trevo
Depois de tomar cana numa cuia.