SABER
De qualquer coisa crassa faz-se o mundo.
De toda cor são tidos tudo e o nada.
Voltando ao caminho da mesma estrada,
Toquei a verdade e o raso do fundo.
Sem ar, sem água e sem calor vivi,
Sob terra estrangeira adormeci,
Por lembrança de rosas respirei
O som do mar que em mim armazenei.
E as ondas de águas foram construindo,
A volta à tona, ao som do novo dia
Levando ao cimo, até ao brilho lindo,
Que de sua duração bem sabia.
Julgava o vida ser um dia findo,
Que o coração desenhava e queria.