Vaga-lume
Embrenhadas no seio das florestas,
Na obumbração das noites tenebrosas,
Cadentes estrelinhas luminosas,
Deslocam-se apressadas entres as frestas.
Voos rasantes entre gretas e arestas,
Por atalhos e curvas audaciosas,
Como se iluminar noites brumosas
Contando apenas com faíscas lestas?
Que não se espere o tempo melhorar,
A hora faz quem sabe improvisar,
Os fracos se consolam com queixume.
Não importa se vidro ou diamante
Brilhe, não se esmoreça um instante,
Nem que seja você um vagalume.
Aracaju, 06/ 02/2019
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Agradeço a gentileza da interação do poeta amigo Jota Garcia,
que me brindou com o poema abaixo.
UM LUME QUE VAGA
E vai vagando o aceso vaga-lume,
Como se deduz, um lume que vaga,
Brilha na noite, de dia se apaga,
A saga que sua vida resume.
No acende e apaga do seu piscar,
Segue voando, esconde o queixume,
Parece feliz em pleno negrume,
Entre os predadores a se arriscar.
Olha pro alto, o céu estrelado,
Imagina que vê parentes cadentes,
Que à distância lhe piscam contentes,
Como um convite a lhes visitar.
Como é bom ter em quem se inspirar.
Como dizem: Mire as estrelas, se errar, atinge pelo menos a LUA.
Um abraço