ESTÁTUA
Os olhos da estatua não tem vida,
Braços e pernas não tem movimento,
Se aos homens representa um monumento
Ao tempo é simples pedra encardida.
Sobre a mão direita estendida
Um pombo arrulha e num atrevimento
Espalha seu viscoso excremento
Sobre a pedra-sabão já corroída.
Quem foi em vida aquele brigadeiro
Ou se o feito heroico é verdadeiro
Não quer saber quem passa pelo templo.
Talvez o figurado herói da estátua,
Sobre quem preguiçoso pombo atua,
Seja arte encomendada para exemplo.