DESVENDANDO-TE

Quero ver-te além do que me permites olhar
Explorar tua alma sedenta da carícia do amor
Poder prescrutar teu íntimo de trovões e mar
Sorver das tuas águas profundas, se preciso for.

Tocar-te a cerne além dos confins do corpo suado
No beijo mais profundo dos meus lábios carnudos
Passear as mãos e a língua sob um gemido abafado
Ouvir teus olhos de estrelas__claros e profundos.

Pois o quero na razão que excede a insanidade
Na embriaguez dos sentidos sem um gole de vinho
Lasciva e nua, matando em ti toda minha vontade!

E quando eu contemplar tua essência, bela e brutal
Já não haverão segredos que me isolarão de ti
Transpondo, enfim os confins do amor carnal!