Um quase soneto do porvir

Ela, aranha, tece em volta da mosca

sua forte linha, que na rede a prende

e o inseto já fraco não se desprende

e a sua visão aos poucos fica fosca

O aracnídeo, sobre o tal inseto fraco

é exemplo dessa vida como um todo

Nosso caminho é a altura e o buraco

e somos feito a água abaixo do rodo

Somos a mosca que é para uns, a tal

tão oponente e veloz, e astuta e forte

mas a aranha, é a vida, certeira, brutal

Náo há a força que nos tire da morte

nem há a solidez para a vida corporal

aqui, é só um tempo, nesse transporte

16-02-2019

23h06min

Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 16/02/2019
Código do texto: T6576835
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.