DIAS ESTRANHOS

Dias estranhos, bons estranhos dias

Em que o destino esquece o capricho

De as pessoas ter iguais a bichos

E enche nossas horas de alegrias.

Se dermos uma topada em sombrias

Pedras em rua com mato e lixo

Encontraremos entre o carrapicho

Raros trevos da sorte nas coxias.

Cada segunda-feira é feriado

E a sexta-feira treze é dia prezado

Pelas bruxas que dão sorte a nós.

Estranhos dias, bons dias estranhos

São aqueles sem perdas, só de ganhos,

Mas que passam de forma bem veloz.