FIM
A certeza, o acabado me torturam,
O fim do caminho me apavora,
Para que ter o sim do pão assado,
Se a receita desfaz o esperado?
A fome que me tome em surpresa,
A sede que me poupe a boca seca
Pão e água haverá em minha mesa,
Embora não siga reta receita.
Alimento a alma e a coragem,
O riso, o choro , a vez e a vontade,
Embora dúbio o ar da imagem,
Rendo-me só, enfim, à dor covarde,
Durmo aos pés da flor perfeita e selvagem,
Sem dor, sem esperança, sem idade!