Frio metal
Que frio metal se encrusta na pele?
Quem forjara a aliança que emoldura?
Não haveria mácula nesta má dita, dura
Não fosse o propósito frio que te veste
Marechais empalhados que a pena persegue
Estorvo de guerreiros numa vil armadura
Em mil litares de coração cor de agrura
Cercearam o aço que em sítio se ergue
Pobres rebelados enforcados em público
Sois vós os portadores desta culpa secular
Neste rito oficioso da sabatinada cura
Na hora do “enfim” o alinhamento telúrico
Levando ao cárcere a libertação peculiar
E até o cosmo rendeu-se a doce clausura
Carlos Roberto Felix Viana