Frio metal

Que frio metal se encrusta na pele?

Quem forjara a aliança que emoldura?

Não haveria mácula nesta má dita, dura

Não fosse o propósito frio que te veste

Marechais empalhados que a pena persegue

Estorvo de guerreiros numa vil armadura

Em mil litares de coração cor de agrura

Cercearam o aço que em sítio se ergue

Pobres rebelados enforcados em público

Sois vós os portadores desta culpa secular

Neste rito oficioso da sabatinada cura

Na hora do “enfim” o alinhamento telúrico

Levando ao cárcere a libertação peculiar

E até o cosmo rendeu-se a doce clausura

Carlos Roberto Felix Viana

CarlosViana
Enviado por CarlosViana em 28/12/2018
Reeditado em 28/02/2019
Código do texto: T6537536
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