FLORBELA E PESSOA

Nobre poeta! Doce poetisa!

Quanto de dor tamanha acumulada

Em almas! Ser ninguém os martiriza...

São tudo, embora a si, digam ser nada!

Compreendê-los há quem, na empreitada

Que lhes reserva a vida? Se inferniza

Não ter a glória, um; não ser amada

É o cadafalso onde a outra agoniza.

- Onde a desgraça em ondas se avança,

Murcha a flor de pétalas tão belas,

Porque a vida em si tudo espanca...

- Onde o ostracismo em vida além ecoa,

Reluz na morte o brilho das estrelas,

Porque o verso é toda essa pessoa...