RIMAS POBRES EM NOITE RICA
A estrela que espio brilha tanto
No fundo de uma noite que a luz
Do luar diante dela se reduz
A um pirilampo cego em desencanto.
De uma mulher encarna todo o encanto,
Mas cega aos olhos ávidos que pus
Sobre a chama do corpo que reduz
A embaciado a auréola até de um santo
Quero deixar-me ver para a estrela
E nesta noite clara à janela
Ponho me a rir a lhe impressionar,
Mas sobre mim mantém-se o céu coberto
De nuvens e a luz nem passa perto
De onde a estrela possa me avistar.