Se a esperança não murcha, de nada sei mais
Pois há muito minhas crenças naufragaram
Num mar de abomináveis mentiras e ais
São pérolas falsas que à mim atiraram...
Disseram-me que o sol voltaria à brilhar
Que as margaridas desabrochariam no campo
Que eu voltaria a ser amada e amar
Fizeram-me crer no riso e no encanto!
Quando tudo o que havia era o breu sem fim
Loucura que rouba os sonhos e a razão
Toda a demência se revelou à mim.
E me pedem esperanças nesta minha realidade?
Prefiro sucumbir num mar de dor e frustração
Que fingir vãs convicções e falsas verdades!