“VAZANTE: yo no so más cobarde”
Acho que sol não faz, há mais de uma semana,
E sequer chegou o inverno, aqui em Barcelona,
A noite chega triste, qual canção Gonzaguiana,
Que entoa uma saideira, em mais bela sanfona
Se encanta os meus ais, não mais me abandona
Adeus e um dia foi-se, quando era pra ser tarde
Se o meu prazo vencer, o tempo não me abona
A história fecha a conta, quietinha e sem alarde
Se fogo é na fogueira, por que a madeira arde?
Amar jamais é tarde, se o amor não nascer cedo
Nunca é amar demais, se amor não importa medo
E a quem dizer não pôde, e amou só em segredo
Não deixe pra depois, não espere e nem guarde
E grite aos quanto ventos: yo no so más cobarde!
Barcelona/ES, 13.11.2018-06.12h