CRUZEIRO

Felicidade não fica distante

Do porto a se perder no interior

De cada um por onde o vapor

Da alegria atraca a todo instante.

E se houver a bordo um viajante

A ensalmourar a alma por amor

Por que o barco alegre se afastou,

Da cidade fincada à jusante,

Pode o humor do mar não estar bom,

E a voz do cabineiro em alto tom

O desatento em náuseas não ouviu.

O vapor não espera o que adormece

E a Felicidade só aparece

A quem desperto e atento não dormiu.