Sobre o móvel velho deposito as flores
Tão belas e frescas. Estranho contraste.
Em odes velhos há os melhores licores
Uma verdade antiga sem disparate.
Que dirão sobre esta cadeira desbotada?
Lembrarão dos seus dias de móvel basilar?
Se agora é opaca e não serve para nada...
Notável era. De uma beleza sem par!
Deixo sobre ela meu ramalhete amuleto
Que lhe empreste um pouco de ternura
E canto seus dias de glória num soneto.
Visto que nada nunca é velho por demais.
Em cada tempo tudo conserva sua beleza
Antiga cadeira. Doce visão. Flores matinais!