Despencam-se as folhas secas ao poente...
O sol se mistura ao mar em sincronia
Toda a terra se aquieta docentemente
Enquanto o poeta afaga amoroso a poesia.
E quando a vida perpetua a sua formosura
Dando seu espetáculo para acalmar a dor
As gentes por um tempo omite sua agrura
Para elevar a voz em gratidão ao Criador.
Ao passo que o poeta deslumbrado rima
Divindade e humanidade no poema
É cúmplice da beleza que à tudo se inclina.
E enquanto a lua clareia a noite de alcatrão
Versos surgem dos dedos alados como magia
para enaltecer a alma sensível e o coração!