TEU SORRISO

O trem parou em uma estação.

Não era a minha, mas de qualquer forma

Aproveitei e fui à plataforma

Saber de onde vinha um clarão.

Da janela umbrosa do vagão

Se parecia a algo que conforma

Em si lua e estrelas que, à reforma

Do céu, desceram para nosso chão.

Chegando os olhos, vi que o colorido

De estrelas e a lua em alarido

Não vinha de nenhum astro do céu.

O incandescente lume era divino

Mas não vinha de Deus, quis o destino

Presentear-me com um o riso teu.