Enormes são as noites de privações tuas
Numa lamúria que me açoita o peito
Mofa-me a atmosfera_ ar rarefeito
Sufoco-me de saudades penosas, cruas...

Se viestes à mim na sombra madrugal 
Afagando-me a face em carícias ternas
Libertaria-me da penitência_ todo o mal
Livrando minh'alma das dores eternas.

Mas não vens, e a noite avança malidicente
Os dedos no teclado buscando a poesia
Que preencha a lacuna do teu ser ausente.

Lá fora o vento urge alto, disforme e atroz!
Pia a coruja, indiferente à minha nostalgia
Cá dentro grita tu, sufocando-me a voz.
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 26/09/2018
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